Dica 1:
O autismo tem muitas faces. Hoje, uma em cada 68 crianças são diagnosticadas com alguma forma de autismo. O transtorno do espectro autista (TEA) é uma deficiência de desenvolvimento que envolve a interação social, a comunicação verbal e não-verbal e problemas comportamentais. As crianças podem se fixar em interesses especiais e ter ações repetitivas quando estão sobrecarregados com a entrada sensorial. O autismo tem uma série de níveis e todos tocam profundamente nosso coração.
Dica 2:
Uma triste verdade é que o autismo mantém as famílias em casa, porém, o autismo é uma deficiência social e precisa ser tratada em comunidade. Uma pergunta que não quer calar: Nós estamos recebendo estas famílias de crianças com autismo e aprendendo a servi-las melhor?
Dica 3:
O autismo é uma deficiência oculta que muitas vezes não mostra marcadores visíveis, porém, está afetando profundamente a vida. As crianças com autismo podem parecer tipicamente “normais” ao lado de outras crianças. Na verdade, uma nova família que quer que seu filho seja tratado como todos os outros na igreja, pode optar por não dizer aos professores sobre o autismo de seu filho. Desde que seu filho ou filha não tenha indicadores externos de uma deficiência, os pais muitas vezes temem que os outros vão entender que algumas atitudes explosivas de seus filhos sejam resultado de pais negligentes ou incapazes.
Dica 4:
Pode ser muito difícil de lidar com o autismo e certamente não estamos preparados para lidar com cada criança que vem à nossa igreja e sua especificidade. Até mesmo o mais dedicado dos voluntários pode se sentir frustrado numa tentativa de inclusão. Crianças com autismo experimentam desafios únicos. Talvez esta criança não dormiu bem ou algum barulho o assustou. Talvez ele queria jogar o jogo, mas não entendia como. Necessidades especiais como estas exigem um planejamento extra, treinamento e – acima de tudo – a paciência extra.
Dica 5:
O autismo “atrai” valentões. Uma pesquisa com os pais de mais de 1.200 crianças autistas constatou que 38% das crianças com autismo são intimidadas, e destas, 69% acabam traumatizadas e 8% são fisicamente prejudicadas. É importante para os cristãos intercederem quando eles perceberem o assédio moral de qualquer espécie. Provérbios 31.8 nos instrui a “falar por aqueles que não podem falar por si mesmos”.
Dica 6:
O autismo não pode esconder o talento. Deus também dá às crianças dons e talentos. Ajudar as crianças com autismo a encontrar e usar seus dons pode ser uma mudança de vida. O autismo pode tentar filtrar a luz e beleza que irradia de dentro destas crianças. Mas nós podemos ajudar a levantar a cortina e deixar a sua luz brilhar.
Dica 7:
O autismo não pode impedir a aprendizagem. É importante planejarmos lições simples com conversa guiada e repetindo sempre a principal verdade da Bíblia em vários momentos. Embora estas crianças não possam parecer estar aprendendo, alguns têm inteligência normal e podem florescer mais tarde. Em outros casos, muitas crianças só precisam sentir que nós a amamos, e Jesus também.
Dica 8:
O autismo é a nossa oportunidade. Jesus sempre parou para falar com as pessoas necessitadas, ele olhou para seus corações. Ele nos chama para compartilhar o evangelho com todas as pessoas. Muitas vezes há um “nós versus eles” na mentalidade da igreja para com aqueles da comunidade que são diferentes. Este é um truque do inimigo, porque quando nós realmente conhecemos essas famílias, nós vamos descobrir que eles têm muito a nos ensinar sobre confiar em Deus e viver o Seu plano para nossas vidas. O autismo pode fortalecer a fé das comunidades. Jesus nos diz para sermos sal e luz em nosso mundo. Os serviços sociais podem ajudar, mas eles não podem levar os pais e as crianças a Jesus. Essa é a nossa oportunidade.
Dica 9:
O autismo requer permanência. É importante termos voluntários que possam ver além da deficiência e realmente ver a criança feita à imagem e semelhança de Deus. Estas pessoas precisam ser flexíveis e fiéis à tarefa.
Dica 10:
O autismo exige uma nova visão. O Ministério com Crianças é um organismo vivo em constante mudança. Nós estávamos acostumados apenas a entregar uma lição para os professores e mostrar a sala correta. Palavras como “sem glúten”, “hipersensíveis”, “surtos” e “equipamentos de adaptação” não faziam parte da formação da Escola Dominical. Infelizmente, esses temas ainda estão ausentes em muitas igrejas, mas é preciso ter esta nova visão no ministério.