O Encontro Anual dos Parceiros da Rede Mãos Dadas, em março, teve a participação de 48 pessoas, representando 32 organizações sociais cristãs. O que nos une é o propósito de aumentar todos os esforços em favor da criança e do adolescente que sofre todos os dias as conseqüências de uma sociedade que escolheu se afastar de Deus.
Não nos faltou entusiasmo, alegria, bom humor e carinho uns pelos outros. No entanto, a primeira coisa que fizemos foi lamentar. Participamos coletivamente de um grande lamento, compartilhando ervas amargas (folhas de boldo), colocando diante do nosso Senhor a dor que sentimos pelas experiências que vivemos ao caminhar com as crianças e adolescentes em nosso dia-a-dia. Lamentamos:
- Por existirem quase 2 mil pontos de exploração sexual juvenil nas rodovias;
- Pela impunidade dos que perpetuam as maldades contra as crianças;
- Porque há os que financiam a exploração de crianças;
- Pela ausência da igreja em movimentos de protesto em favor das crianças;
- Por milhares de crianças abortadas;
- Pela desigualdade social;
- Pelas meninas, o lado mais frágil;
- Pelas crianças que não têm suas casas como espaço de aconchego, mas de abuso e violência;
- Pela perda da infância;
- Pela criança que a cada hora é torturada ou morta pela família;
- Pela falta de opção para crianças indígenas.
Qual é o seu lamento? Chore com Jesus, ele nos entende. Ele também chorou e lamentou a maldade do povo em sua geração. “Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não quisestes! (Mt 23.37.)
Mas depois do choro, nós erguemos a cabeça, demos as mãos e reunimos força e coragem para mais um ano de luta.
Querido leitor, use esta edição no seu espaço de trabalho para reconquistar o compromisso daqueles que se dizem seguidores de Cristo, mas não olham para a criança. Assim como o nosso modelo maior, acreditamos que quem ama, acolhe!
De mãos dadas,
Autor(a): Elsie B. C. Gilbert, Editora da Rede Mãos Dadas.