Dia 5: “O que faremos, irmãos?”

t 2.34-40 NAArque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo afirma: “Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés“. Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.

Quando ouviram isso, ficaram muito comovidos e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: — Que faremos, irmãos?

 Pedro respondeu: — Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo. Porque a promessa é para vocês e para os seus filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar. Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: — Salvem-se desta geração perversa.(At 2.34-40, NAA)

No julgamento de Jesus, a multidão tinha participado nas falsas acusações, na zombaria, e na indiferença diante do sofrimento de um inocente. Assistiram o espancamento, os insultos, a crucificação, sem nenhuma consternação. A multidão no Pentecostes, diante dos sinais e maravilhas e após a explicação de Pedro, deu-se conta da gravidade do que tinha feito.

O Pai disse a Jesus “Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés“. Isto é o mesmo que dizer: “Deus castigará os inimigos de Jesus”. De que lado Deus os enxergava, como amigos ou inimigos? Ficaram “muito comovidos”.

Envergonhados perguntaram: – Irmãos, o que devemos fazer? Pedro respondeu: -Arrependam-se e sejam batizados. 

Arrepender-se significa mais do que a resposta emocional de contrição, significa uma mudança de direção. Requer uma decisão de dar a volta, de deixar de replicar a ganância, a indiferença e a violência desta “geração perversa”. 

Nas palavras de Jesus, é negar os caminhos do mundo e a si próprio. Ao contrário da nossa geração atual, que continua a dizer-nos para não nos anularmos, a Bíblia nos convoca ao domínio próprio.  

O que devemos nós fazer?

•  Arrepender-nos. Não estivemos lá em Jerusalém, não crucificamos a Jesus. Então, o que Pedro nos diria hoje? No Brasil atual, as cidades estão cheias de crianças e adolescentes que sofrem uma vasta gama de situações adversas. O que devemos fazer? Como cristãos em primeiro lugar e cidadãos em segundo, precisamos parar com o jogo da culpa. Sob o movimento do Espírito Santo, a multidão percebeu que culpar as autoridades ou o sistema não daria certo. Não eliminaria a vergonha do papel que desempenharam na crucificação de Jesus.

  O Mestre passou a maior parte do seu tempo ajudando as pessoas necessitadas de uma forma inteira: corpo, alma e espírito. Não podemos negar a nossa vergonha, como povo, de ter tantas crianças e adolescentes vivendo em extrema pobreza.

  Alimentamos o mundo com toda a nossa produção agrícola, mas deixamos as nossas crianças passando fome? Não temos desculpas aceitáveis. O Brasil está entre os 10% das nações mais ricas do mundo. Precisamos nos arrepender como indivíduos e, principalmente, como comunidades de fé, pela nossa negligência em relação às crianças e adolescentes que sofrem. Somos culpados pela indiferença.

•  Sermos batizados. A segunda coisa que precisamos fazer é levar o nosso batismo a sério.O batismo é algo maior  do que um ritual simbólico que Jesus nos deu. Vai além da nossa entrada para o corpo de Cristo.  Significa que fomos libertos das nossas velhas identidades como pecadores. Uma identidade como pecador leva à morte eterna.

  Estamos agora revestidos de uma nova identidade, preenchida pelo Espírito Santo para fazermos boas obras. Fomos salvos pela graça, não para escapar ao mundo, mas para partilhar o amor de Cristo neste mundo.

  Não fomos santificados por Deus para nos separarmos dos necessitados, dos que sofrem, dos doentes e dos que morrem. Fomos lavados para levar a Boa Nova ao próximo e até mesmo aos nossos inimigos. Os que sofrem nas nossas cidades precisam se tornar uma prioridade para nós. Que a identidade de Cristo se forme em nós!

Hoje vamos orar por reavivamento

Será que a promessa de prosperidade foi cumprida no mundo atual? Se as crianças forem deixadas para trás, sofrendo na pobreza, na doença, com uma educação insuficiente, podemos afirmar que somos uma sociedade melhor do que as gerações passadas? E a violência? Será que alcançamos algum progresso? Será que reconhecemos que vivemos numa “geração perversa”, tal como os ouvintes do apóstolo Pedro?

Espírito Santo, peço perdão pela nossa indiferença coletiva para com as crianças e adolescentes. Reconheço que me sinto impotente quando ouço sobre tantos problemas, problemas aparentemente sem solução, que as crianças mais fracas e mais pobres têm de enfrentar.

Oro para que o Senhor, Santo Espírito de Deus, se mova de forma poderosa dentro das nossas igrejas locais. Peço a sua intervenção toda especial para que as nossas comunidades de fé produzam cada vez mais o fruto do Espírito. Abra os nossos olhos para que possamos ver as crianças invisíveis, escondidas e com medo. Espírito Santo, faça com que elas encontrem a sua luz.

 Oro também por (                               ) . Ressuscita nele/a um desejo intenso pela sua presença em sua vida.
O Senhor tem o poder de discernir todas as diferentes formas como este mundo afetou o/a (                               ) , como ele/ela respondeu às injúrias recebidas. Sabe exatamente onde se encontra a ferida dele/a. E nesse lugar oculto, cobrindo e impedindo a cura, há mentiras.
Espírito Santo de Deus, o Senhor é verdade e luz. Que a mentira caia por terra, que a sua luz destrua qualquer escuridão presente no coração do/a (                               ) .
Eu também peço por verdade e luz a respeito da minha relação com o/a (                               ) . Se errei com palavras e ações, traga, Senhor, os erros à minha atenção e ajuda-me a reparar qualquer dano que eu tenha causado.
Enche-nos, vivifica-nos, Espírito Santo de Deus!

• Por James Gilbert.