Dia 3: Formação das árvores, dos frutos e de toda vegetação

Gênesis 1. 9 – 13

Então Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só lugar, para que apareça uma parte seca”. E assim aconteceu. Deus chamou à parte seca de “terra” e as águas de “mares”. E Deus viu que isso era bom.

Então Deus disse: “Produza a terra vegetação: toda espécie de plantas com sementes e árvores que dão frutos com sementes. As sementes produzirão plantas e árvores, cada uma conforme a sua espécie”. E assim aconteceu. A terra produziu vegetação: toda espécie de plantas com sementes e árvores que dão frutos com sementes. As sementes produziram plantas e árvores, cada uma conforme a sua espécie. E Deus viu que isso era bom. 

A noite passou e veio a manhã, encerrando o terceiro dia.

Deus termina a obra relativa às águas reunindo-as em um só lugar e trazendo à tona a terra seca. Ele chama um lugar de terra e o outro de mares. Concluído isso ele declara que ficou bom. 

Somente depois de todo esse trabalho, quando o ambiente estava do jeitinho que devia ficar, Deus revelou o seu potencial: vegetação, plantas que dão semente e árvores frutíferas que dão frutos … cada um conforme sua espécie. Sementes e frutos garantem a sua continuidade desde que haja terra boa para viver e se reproduzir. Um bom meio ambiente permite que boas plantas se reproduzam indefinidamente. Podemos supor que as plantas tinham os nutrientes certos, a luz solar adequada, a água e a proteção de que precisavam para crescer saudáveis ​​e fortes. Esse foi e é o bom plano de Deus para a criação. A decadência, a morte e a extinção foram causadas pela introdução do pecado e pela disposição humana de se afastar do Criador.

Sementes e frutos são usados ​​por Jesus em muitas de suas parábolas. Eles, sementes e frutos, sinalizam vida, abundância, ressurreição e esperança. Eles sobrevivem ou morrem dependendo das condições da terra onde são plantados. Quando plantadas em um ambiente saudável, as sementes produzirão uma colheita boa e abundante.

As crianças também precisam ter um bom ambiente onde possam crescer. Com que frequência as crianças crescem em condições desfavoráveis? Há crianças crescendo hoje, nas ruas, longe dos pais, sem a alimentação adequada. Temos crianças viciadas em cola, outras, consumindo muito açúcar e alimentos altamente processados e pobres em nutrientes. Muitas dormem em lugares úmidos e mofados, tolerando uma infância permeada por doenças respiratórias.  É comum vermos crianças brincando em ambientes poluídos e contaminados. E quantas crianças vivem em lugares já condenados pela defesa civil, por risco de desabamento e alagamento?

Estas são condições malignas criadas pela irresponsabilidade humana. E não cabe apenas aos pais proteger estas crianças. Este é um trabalho coletivo. Os pais não regulam a poluição, a coleta de lixo, os impostos e o financiamento dos sistemas de saúde, educação e segurança pública. A política pública faz isso, e toda decisão do governo afeta as crianças, direta ou indiretamente. Nossos ambientes físicos refletem as condições emocionais e espirituais de nossa sociedade. Tudo o que Deus criou era bom. Há séculos, milênios, insistimos em negligenciar e destruir a criação de Deus. E tanto a negligência e a destruição se aplicam às crianças em situações extremas.  

Como seguidores do Senhor Jesus Cristo, precisamos prover para nossa própria espécie, para esta geração e para as gerações vindouras, bons ambientes que lhes permitam florescer. É desejo de Deus que as crianças, todas as crianças, floresçam. E para isso precisam de ambientes saudáveis: físico, emocional e espiritual. “Amar o próximo como a nós mesmos” significa, entre outras coisas, prevenir, minimizar, curar e livrar as crianças da poluição, do perigo que as mudanças climáticas impõem, da pobreza gerada por sistemas econômicos injustos que forçam populações inteiras a ocupar espaços que oferecem perigo ambiental.

• Por James Bruce Gilbert