Dia 7: “Um dia de descanso”

Gênesis 2. 1-3

Desse modo, completou-se a criação dos céus e da terra e de tudo que neles há. No sétimo dia, Deus havia terminado sua obra de criação e descansou de todo o seu trabalho.

Deus abençoou o sétimo dia e o declarou santo, pois foi o dia em que ele descansou de toda a sua obra de criação

Os sete dias da criação começaram com “No princípio criou Deus” quando não havia nada. Durante seis dias Deus falou, separou, juntou coisas. Ele também nomeou e abençoou as criaturas. A criação final, os humanos, foram criados à sua imagem e semelhança. Ele os abençoou e lhes deu a missão de governar toda a criação. Deus viu que tudo tinha ficado muito bom, e que parecia que a obra então estava acabada. Mas, a história contém mais um dia, o dia de descanso. Deus para de criar e descansar,não porque estivesse cansado, mas porque era a coisa certa a fazer. E assim como nos outros seis dias, Deus abençoou o sétimo, o dia do descanso.

 Como o resto da criação, o descanso também é uma dádiva. Não falamos tão somente em uma noite de sono, mas também em um dia inteiro sem ter que trabalhar, sem ter que se estressar, sem ter que se preocupar, apenas envolvido  em atividades que promovam a restauração do corpo. Pode ser um tempo para meditar e louvar a Deus por todas as coisas boas. Jesus explica o que significa o dia de descanso: “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado” (Mc 2.27). Não é um dia para insistir em se produzir algo, mas um momento para relaxar nossos corpos, mentes e almas.

 No Brasil, milhares de cristãos trabalham para demonstrar o amor e a graça de Deus para crianças e adolescentes. Estes são os ministros de Deus para as crianças em todo tipo de situação desfavorável:  crianças e adolescentes que passam grande parte do tempo nas ruas, que vivem em pobreza extrema, que perderam o vínculo com a família, ou que convivem com a violência doméstica. Estas crianças vivem em um mundo contrário à boa criação de Deus. Onde suas famílias e suas comunidades falharam, esses cristãos trazem amor, paz e refúgio. 

 A fé desses cristãos traz luz a essas situações sombrias e a bênção das Boas Novas. Apesar de seu trabalho piedoso movido pelo amor e por sua fé em Jesus Cristo, há uma grande rotatividade de pessoas no trabalho de cuidado, proteção, resgate e promoção das crianças devido a alguns destes fatores, como por exemplo:

  •  A falta de oportunidades de capacitação para lidar com situações altamente estressantes, complicadas e opressivas; 
  • A falta de recursos financeiros para fazer bem o seu trabalho e por isto alguns são mal pagos; 
  • O estresse e medo gerados por situações de  a ameaças e perigos; 
  • O aumento de problemas de saúde devido ao estresse; 
  • E, talvez a razão mais triste, a falta de reconhecimento e apoio ao trabalho por parte da igreja.

 

Jesus disse algumas coisas poderosas em favor daqueles que servem a Deus e sobre como a importância de observar os limites pessoais em relação ao trabalho:

  “Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt 11.27-30) 

 Se somos o Corpo de Cristo, então esses irmãos e irmãs cristãos que estão ministrando a essas crianças e adolescentes devem fazer parte das nossas preocupações. Não podemos simplesmente dizer que as crianças são problema deles, ou que a forma como se sentem sobrecarregados seja também um problema apenas pessoal. Como o Corpo de Cristo, quando um membro sofre, todos nós sofremos.

Ore por aqueles que ministram às crianças e aos adolescentes mais vulneráveis ​​do Brasil.
Ore em especial pelas pessoas que estão na vida da criança ou do adolescente por quem você está intercedendo nestes últimos sete dias.
Ore para que eles tenham um tempo de descanso e restauração verdadeiros. Ore para que a igreja reconheça e apoie seus esforços.
Ore pelos recursos e a capacitação, para que eles possam ministrar às crianças com o amor e a alegria de Jesus Cristo.

 

 

  • Por James Bruce Gilbert