A Esperança Nossa de Cada Dia

A Esperança Nossa de Cada Dia

Este é o décimo ano no qual a Rede Mãos Dadas prepara uma campanha com o propósito de reconhecer e apoiar o trabalho que os educadores sociais cristãos (ou educadoras) realizam por todo o país e além-mar!

Definimos a educadora social (ou educador) como a pessoa que se dedica a buscar soluções para os problemas enfrentados pelas populações socialmente vulneráveis. Dentro dos grupos de pessoas vulneráveis, as crianças e adolescentes representam o  maior percentual, ou seja, são mais numerosas e estão mais vulneráveis quando comparadas às outras faixas etárias. Assim sendo, grande parte dos homens e mulheres que realizam o trabalho de enfrentamento das questões sociais têm como público alvo as crianças e adolescentes.

→ Leve-me direto aos materiais da Campanha Meu Educador Social Cristão

Atribuímos o termo “cristão” para estas pessoas quando o trabalho realizado é movido pelo amor de Deus. Amor este perfeitamente vivido por seu Filho, Jesus Cristo.

O trabalho realizado por educadores e educadoras sociais em geral, com ou sem a motivação cristã, precisa da nossa maior admiração e respeito. 

O tema dessa edição da Campanha Meu Educador Social Cristão, “A Esperança Nossa de Cada Dia”, busca refletir sobre a importância da esperança como uma virtude capaz de nos fortalecer no dia a dia, tanto na vida pessoal como profissional de cada educador ou educadora. 

Precisamos de esperança para tudo: para levantar da cama e enfrentar mais um dia, para insistir com as crianças para gastarem tempo fazendo coisas que só no futuro poderão desfrutar, para fomentar os sonhos de adolescentes mesmo quando eles mesmos não acreditam em suas potencialidades. Precisamos de esperança até para consolar uma família quando a tragédia bate à sua porta: uma enchente, um tiroteio que extingue o fôlego de uma vida, um acidente que paralisa, uma doença incurável. 

George Bernanos foi um jornalista francês e pensador cristão que participou intensamente da vida política francesa. Foi soldado de trincheira na Primeira Guerra Mundial e repórter na Guerra Civil Espanhola. Após a derrota da França para os alemães, em 1940, veio para o Brasil, como exilado. Daqui ele participou das ações da França Livre por meio de sua caneta. Ele lutou contra o apoio que o governo francês estava dando ao nazismo alemão. Por meio de artigos para os jornais da época, ele se coloca contra o regime de Vichy e a serviço da resistência francesa. Diante de tanta violência, vivida de perto, durante toda a sua vida, ele poderia ter aproveitado o exílio no Brasil para deixar tudo para lá, mas sua esperança num mundo melhor não permitiu que ele se calasse ou ficasse parado.

Resgatamos um pensamento dele sobre a diferença entre otimismo e esperança. Ele escreveu: 

A palavra “pessimismo” aos meus olhos tem significado equivalente ao da palavra ‘otimismo’ que geralmente se opõe a ela.

Sei muito bem que entre vocês há pessoas de muita fé que confundem esperança com otimismo. O otimismo é um substituto da esperança que a propaganda oficial [propaganda ideológica] monopoliza para seus próprios usos. O otimismo aprova tudo, se submete a tudo, acredita em tudo. (…)

Nove em cada dez vezes, o otimismo é uma forma astuta de egoísmo, um método para nos isolarmos da infelicidade dos outros.

O otimismo é um substituto para a esperança. Pode-se encontrar otimismo em todos os lugares, até mesmo no fundo de uma garrafa. Mas a esperança deve ser conquistada. Só se pode alcançar a esperança por meio da verdade, à custa de um grande esforço e de uma longa paciência. Para encontrar esperança é necessário ir além do desespero. Quando se chega ao fim da noite, encontra-se outro amanhecer.

O pessimismo é, na minha opinião – digo isto de uma vez por todas – apenas dois aspectos do mesmo engano, o interior e o exterior da mesma mentira.

O otimismo é uma falsa esperança, para uso dos covardes e dos ignorantes. A esperança é uma virtude, virtus, força, uma determinação heroica da alma. A forma mais elevada de esperança é o desespero superado.”

Vale a pena repetir: “Só se pode alcançar a esperança por meio da verdade”. Foi a partir desta constatação que resolvemos compilar o Decálogo de Esperança para Educadores Sociais Cristãos. São 10 verdades da fé cristã preservadas para nós pelos séculos, tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento e focada na metáfora do Bom Pastor. Deus é um pastor amoroso, nós, suas ovelhas.

A verdade é o fundamento da nossa esperança. Busque essas verdades e faça bom uso delas em sua vida. Concordamos com o salmista quando diz: “somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.” Salmo 62:5 (ARA)

Vamos praticar a esperança com serenidade e leveza?

Elsie Gilbert, é missionária e jornalista. Ela coordena a Rede Mãos Dadas e é responsável pela plataforma de comunicação da mesma.

 

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