Há nesta escolha uma denúncia: uma ala das pessoas envolvidas no trabalho social faz pouco-caso da importância da missão que abraçaram e da responsabilidade de ter uma criança sob seus cuidados. O grupo me disse que às vezes as pessoas estão ali por falta de opção, que estão despreparadas e desmotivadas.
Além disso, muitos desses trabalhadores não se sentem enviados, apoiados e sustentados por suas igrejas, como seria de se esperar se estão de fato em missão. Toda missão começa com o envio! E se o vínculo entre o que envia, e o que é enviado está quebrado, mais cedo ou mais tarde o trabalhador se sentirá isolado e, quem sabe, até desolado!
Na semana passada, no meu grupo de oração na igreja local onde comungo, a Sandra, uma querida irmã, trouxe um motivo de agradecimento. “Venho pedindo a Deus que me dê alegria para continuar a lecionar na escola pública. O ambiente lá é muito difícil e eu sou consciente da grande responsabilidade que Deus me deu com aquelas crianças. As coisas não mudaram, continua difícil, mas eu quero agradecer porque Deus tem me dado estratégia e principalmente porque ele devolveu a alegria para continuar neste trabalho!”.
Dedico esta edição às pessoas como a Sandra, que apesar de não terem participado de uma cerimônia de envio, entenderam que o que fazem durante a semana tem valor eterno, e assim contribuem de mil e uma maneiras e muitas vezes anonimamente para que a missão da igreja, aqui e agora, seja realizada. O reino do céu é dos pequeninos mesmo!
De mãos dadas,
Autor(a): Elsie B. C. Gilbert