Dia 4: “Dia, noite, sol, lua e estrelas”

Gênesis 1:14-19

Então Deus disse: “Haja luzes no céu para separar o dia da noite e marcar as estações, os dias e os anos. Que essas luzes brilhem no céu para iluminar a terra”. E assim aconteceu. Deus criou duas grandes luzes: a maior para governar o dia e a menor para governar a noite, e criou também as estrelas. Deus colocou essas luzes no céu para iluminar a terra, para governar o dia e a noite e para separar a luz da escuridão. E Deus viu que isso era bom.

A noite passou e veio a manhã, encerrando o quarto dia.

Deus cria duas coisas novas, o sol e a lua. Através do ato de separar a luz da escuridão surgem os conceitos de tempo, estações e o próprio ritmo da vida. O ritmo dá sentido à vida proporcionando a possibilidade de marcarmos o tempo em estações do ano, festivais, comemorações, aniversários. É o ritmo que marca o compasso da vida, permitindo-nos viajar no tempo, olhar para trás e para a frente. À medida que nos lembramos da passagem do tempo, criamos histórias. As histórias refletem e dão sentido à vida enquanto as compartilhamos. A primeira história, a história da criação em sete dias, carrega muito significado para nós ainda hoje. Ela fala da bondade e do amor de Deus no início dos tempos.

Como o sol e a lua determinam o tempo e as estações, eles governam o mundo no qual vivemos. Olhe ao seu redor, você está com frio, calor? Está chovendo? Como as estações do ano afetam você? Como as estações do ano afetam o fornecimento de alimentos onde você mora? Cada vida no planeta depende da luz do sol e das revoluções da terra através do espaço.

Dois governantes, Davi e Salomão, escreveram suas experiências associando alegria ao sol. “Deus preparou no céu uma morada para o sol. Dela o sol irrompe como o noivo depois do casamento; alegra-se como o valente guerreiro em seu caminho”(Sl 19.4-5). Neste caso o salmista, o rei Davi, descreve a atitude do sol; É com alegria que ele percorre o seu caminho. Já Salomão, ele fala da nossa alegria diante da luz do sol: “A luz é doce; como é bom ver o nascer de um novo dia. (Ec 11.17) 

A lua era usada para marcar as celebrações. “Cantem louvores a Deus, nossa força! Aclamem ao Deus de Jacó. Cantem! Façam soar o tamborim, a doce lira e a harpa. Toquem a trombeta na lua nova e na lua cheia, para convocar a nossa festa” (Sl 81.1-3).

O sol, capaz de produzir luz, e a lua, capaz de refleti-la, continuam a proclamar a alegria, a boa vontade e a bondade de Deus, tanto no passado como até hoje. Alegria, louvor, celebração estão ligados ao sol e à lua de maneiras surpreendentes.

O maior governante do mundo, o Senhor Jesus, nos ensinou sobre o significado da luz: “Vocês são a luz do mundo. É impossível esconder uma cidade construída no alto de um monte. Não faz sentido acender uma lâmpada e depois colocá-la sob um cesto. Pelo contrário, ela é colocada num pedestal, de onde ilumina todos que estão na casa. Da mesma forma, suas boas obras devem brilhar, para que todos as vejam e louvem seu Pai, que está no céu” (Mt 5.14-16). Em certo sentido, Jesus traçou um paralelo entre nós e a luz do sol e o luar. Jesus faz brilhar a luz no mundo e devemos refleti-la. Devemos trazer alegria, dar sentido à vida, celebrar e louvar a bondade de Deus. Como a lua, devemos refletir o amor de Jesus pelo mundo por meio de boas obras para o nosso próximo.

Como cristãos, somos chamados a ser a luz doce e agradável sobre a qual Salomão escreveu. Podemos seguir nosso curso com a alegria descrita por Davi. Somos chamados a ser luzes no monte, testemunhando o amor do Pai, por meio de boas obras.

Precisamos nos fazer uma pergunta importante. Que forças das trevas habitualmente obscurecem nossa capacidade de brilhar? O que suja o nosso espelho? Infelizmente, muitas vezes permitimos que a ganância, a divisão, o medo, o ódio, o ciúme e desejos malignos escondam nossa luz. Jesus nos diz para nos tornarmos aquela luz alegre que Davi e Salomão viram. Ele quer que saturemos o mundo com uma boa luz, o tipo de luz que faz crescer e alimentar a vida. Ele quer que brilhemos com alegria, significado e vida, assim como o sol e a lua.

• Por James Bruce Gilbert