As crianças não podem parar seu crescimento enquanto o tempo passa. Nisso, em idade mais avançada, as pessoas vão perdendo seu interesse em adotá-las. Mas nem tudo está perdido!
Em nossa última opção do cardápio para garantir uma família para cada criança, temos o apadrinhamento afetivo. Sua cidade possui esse programa regulamentado? E qual o objetivo desse programa?
Veja o que a Maria José tem a nos dizer.
Apadrinhamento afetivo
No Brasil, 10 mil crianças e adolescentes estão definitivamente afastadas de suas famílias naturais, por decisão judicial, e disponíveis para adoção legal. Destes, 6.338 têm idade de 7 a 17 anos, são negras ou pardas e por ter problemas de saúde ou outros irmãos na mesma condição, ficam fora da preferência da maioria dos interessados em adoção. Crescerão sem vínculos de afeto em família?
O ECA, após a Lei nº 13.509/2017, prevê o direito dessas crianças e adolescentes que estão abrigadas a participarem do Programa de Apadrinhamento Afetivo. Para tanto, serão preparados emocionalmente e indicados pela equipe técnica do Tribunal de Justiça ou do Poder Executivo nos municípios em que o programa está regulamentado.
O objetivo é propiciar a crianças e adolescentes experiências de vida em família e na comunidade, vivências que os auxiliem no processo de valorização pessoal.
Cada dia na vida de uma criança e adolescente afastado do ambiente familiar saudável, no qual sinta pertencimento, amor e proteção, produz profundos danos à sua alma e autoimagem como ser humano. Pior, ele pode se sentir desamparado, abandonado e desprezado pelo Pai celestial.
Somos chamados pelo Senhor para cuidar dos mais vulneráveis dessa terra, não apenas como igreja, mas como filhos adotados do Pai.
Maria José Correa, gestora do Movimento pelo Direito do Órfão (MDO) e coordenadora do Instituto Cristão de Ensino e Cultura (INCEC).
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Conheça o trabalho do Movimento pelo Direito do Órfão (MDO)
Conheça o Instituto Cristão de Ensino e Cultura (INCEC)
Chegamos ao final de nossas cinco publicações a respeito do direito para garantir uma família para cada criança. Em qual dessas quatro opções devemos nos envolver? Nosso engajamento como cristãos precisa ser intencional e urgente.
O alerta do profeta Isaías continua relevante: “Aprendam a fazer o bem; busquem a justiça, repreendam o opressor; garantam o direito dos órfãos, defendam a causa das viúvas” (Is 1.17).
Algo especial está acontecendo em nosso meio. Hoje são muitas as frentes de trabalho dedicadas a garantir que as crianças vivam em família. No mundo, o movimento World Without Orphans tem agregado organizações como a 1 MILLION HOME, organização cristã que abraçou a meta de levar uma família para cada criança presente em orfanatos ao redor do mundo.
No Brasil temos duas iniciativas nascentes: o Movimento pelo Direito do Órfão, a partir de São Paulo, e o recém-chegado World Without Orphans Brasil. Participe desses movimentos entrando em contato conosco.
A Rede Mãos Dadas produziu essa série de cinco publicações anteriores em celebração aos 20 anos de atuação em rede.
Replicamos aqui o apelo impresso na Revista Mãos Dadas desde a sua edição zero em novembro de 2000: “Todos os nossos parceiros estão profundamente envolvidos com a busca e implementação de soluções para crianças e adolescentes em situações de risco.
Não nos faltam experiências ricas e bases cristãs sólidas para realizarmos um bom trabalho.
Junte-se a nós!” Saiba como, aqui!